quinta-feira, 15 de julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Metáforas da Cultura: Diferença e identidade na leitura da vida social

As utopias consolam: é que se elas não têm lugar real, desabrocham, contudo, num espaço maravilhoso e liso; abrem cidades com vastas avenidas, jardins bem plantados, regiões fáceis, ainda que o acesso a elas seja quimérico.
Michel Foucault. 2002, p. XIII.
 



Ler a vida social só é possível quando a olhamos sem enclausurá-la ou limitá-la ao que pensamos, como ressalta Oswald de Andrade: “livre de todas as catequeses”, aberta sem adesão a nenhuma fórmula de expressão do mundo, mas apenas sempre em experimentação para “ver com olhos livres”. (ANDRADE, 1970, p. 6;9).
A leitura é uma descoberta de novos jardins nos textos alheios, uma desterritorialização do que foi escrito para que hajam outras invenções. A leitura não tem lugar e nada estoca, trata-se sempre de uma arte de fugas, que nos “exilam de certezas”, como afirma Michel de Certeau. (1994, p. 269). A autonomia do leitor depende da transformação de suas relações sociais que condicionam, por assim dizer, sua atividade diante dos textos. Movidos por leituras e pensamentos não deixamos de ser como estrangeiros, pois aproveitamos o que as idéias nos aprazem, mas nada podemos conter em nossas mãos. Nada guardamos, antes usufruímos e partilhamos construções do olhar. Como nos inspira Guimarães Rosa: “A vida é também para ser lida. Não literalmente, mas em seu supra-senso. E a gente, por enquanto, só a lê por tortas linhas”. (ROSA, 2001, p. 30).
O Intelectual como um Estrangeiro
Em nossas aventuras pelo conhecimento, entramos em terras estranhas, em outros universos, e podemos ser vistos como estrangeiros. (SIMMEL, 1983). Como andarilhos trocamos, simbolicamente, bens concretos e simbólicos, sentimentos e linguagem, assim como o estrangeiro que não é “proprietário de terras”, tanto do ponto de vista físico quanto metafórico. Aceitarmo-nos como estrangeiros é de certa maneira admitir que as denominações do que seja bem ou mal, identidade ou diferença, sedentarismos ou nomadismos numa cultura e numa sociedade, não podem ser tomados como dados, mas antes como pontos de partida para desconstruções e construções de outras leituras. Assumimos como ofício suspender relações para contemplá-las não como nativos ou cativos de suas lógicas, mas como críticos do que elas constituem.
O lugar da ciência não é o do “conforto na desventura”, antes investigar e estabelecer relações entre os fatos. Tão pouco ela nos proporciona consolo, é antes um trabalho lento, constante, hesitante para compreender o que lhe é exigido, ainda que nem sempre as peças se completem. O intelectual não deixa de ser um andarilho e em si um exilado de seu próprio contexto e do conforto de se abrigar num conjunto de idéias que o confortem. Do latim exiliu, exílio significa “expatriação forçada, degredo, desterro; lugar onde reside o exilado, lugar afastado, solitário ou desagradável de habitar”. (FERREIRA, 1998). Ou ainda, “lugar triste, solitário, sem alegrias”. (LAROUSE CULTURAL, 1992). Essa metáfora nos revela as limitações aos desejos e aos encarceramentos cotidianos. No entanto, influenciando-nos por Edward Said, tomamos como metáfora acionadora dos movimentos do trabalho intelectual com conceitos e com escolhas teóricas. Uma trilha na qual o intelectual “encontra-se sempre entre a solidão e o alinhamento”.
A condição do exilado não deixa de ser uma metáfora para exemplificar o percurso do intelectual, nunca adaptado plenamente, um ser inquieto e a provocar inquietações. Ao contrário da maioria das pessoas, o exilado, como o intelectual, têm uma “consciência de dimensões simultâneas” (SAID, 2003, p. 59) sobre o que seja uma cultura, um cenário e um país. Nunca vendo as coisas de maneira isolada, e nem “vendo as coisas não apenas como elas são, mas antes como se tornaram o que são”, o que significa perceber os valores, as crenças e as relações como “contingentes e não como inevitáveis”, percebê-las como escolhas e não a elas se converter. Escolhas dos indivíduos e da sociedade e não “naturais ou ditadas por Deus e, por conseqüência, imutáveis, permanentes, irreversíveis”.
O intelectual é, de certa maneira, como um estrangeiro a explorar outros itinerários, atraído pelo provisório e pelo arriscado, não pelo habitual, pela inovação e não pelo que já está estabelecido, e se no mundo real, precisamos ser nós mesmos, “dentro da academia precisamos ser capazes de descobrir e viajar entre outros eus, outras identidades, outras variedades da aventura humana” (SAID, 2003, p. 207).
Rastros da Socialidade entre Identidades e Diferenças

Através dos conceitos é que no campo das ciências sociais tentamos delinear nossas leituras sobre a vida social. Mas até que ponto esses conceitos falam mais do que podem dizer? Quantas vezes não aparecem como se pudessem sustentar realidades inteiras sob suas sombras? Até que ponto nós esticamos os conceitos para ocultar o que não conseguimos enfrentar como estranho ou desconhecido? Tais questionamentos parecem ser pertinentes ao pensarmos na utilização dos termos “identidade e diferença”, discussão sobre a qual nos debruçamos. Não seria pertinente pensar nos exílios que cercam a postura do pesquisador e rondam suas leituras? Que princípios norteiam nossas escolhas teóricas e metodológicas? Escolhemos conceitos pelo o que eles nos inspiram ou para que sejam nossas âncoras diante da fluidez da vida social?
Essas são questões que nos norteiam, e certamente serão sempre um ponto de partida ao nos aventurarmos no campo da compreensão social em seja qual for a trilha. Nossa relação de análise diante do que se constrói na realidade sócio-cultural, perante as classificações e representações nelas existentes, deve ser antes de tudo crítica, devido ao fato de que toda ordem parece, do ponto de vista do pensamento, como “necessária e natural”, mas é sempre “arbitrária em relação às coisas” (FOUCAULT, 2002, p. 74). Ou melhor, “a história da ordem das coisas seria a história do Mesmo – daquilo que, para uma cultura, é ao mesmo tempo disperso e aparentado, a ser, portanto distinguido por marcas e recolhido em identidades”. (FOUCAULT, 2002, p. XXII).
Os discursos não só refletem realidades, também as produzem. A realidade exige mais de nós do que o que podemos dar com nossas noções e conceitos, apenas podemos apresentar na escrita os embates do vivido. Como indica Deleuze, a teoria “não se totaliza; (...) se multiplica e multiplica”, pois elas são sempre “locais, regionais, descontínuas”. (In: FOUCAULT, 1998, p. 2;5). Somente um pensamento e uma escrita que encarne a alteridade atinge nas palavras o deslocamento que ela proporciona.
O mundo que muitas vezes descrevemos como estando em “crise”, vivendo uma perda de identidade diante das transformações de um mundo cada vez mais global, não será um mundo, sobretudo criado, pelas fantasias teóricas de unidade, racionalismos e continuidades? Não será que muitas das pretensões de que vivíamos num território sólido e abrigado por relações sociais estruturadas não foram, sobretudo, invenções teóricas? Não poderíamos pensar que no território das definições do que seja identidade e diferença humanas precisamos concebê-los antes de tudo como apropriações textuais, de um universo acadêmico, sobre o que oscila de maneira múltipla e variável na vida social? Nossas leituras não são de certa maneira constituídas numa escritura de esquecimento de que nossas tintas não são as únicas, nem definitivas e de que não há solidez na configuração das palavras? Se vemos tantos “ismos” como invenções do Ocidente, o Outro como invenção de um pretenso e imutável “Eu”, não poderíamos pensar se o que nesse momento entendemos como diferença não é ainda uma invenção da identidade? Será que mesmo quando falamos do diferente ainda não estamos com os pés numa trilha de busca por garantias e por uma suposta fixidez identitária?
As fronteiras iniciais entre os seres humanos está na linguagem, nela é que a alteridade se constitui. Assim os lugares do “eu” e do “outro” não são pontos fixos, mas colagens da linguagem que se encarnam nos corpos, nas palavras e na movimentação de sentidos, como nas leituras que são feitas sobre as relações sociais. Portanto, não há como separar experiência da relação social da linguagem. Perscrutá-la é uma trilha para lidar com as categorias de análise como “contextuais, contestáveis e contingentes”, (SCOTT, 1999, p. 46) como as ações sociais também o são.
A realidade social se dá como uma ficção dentre as múltiplas opções possíveis. Através delas se constrói genealogicamente narrativas que garantam na cultura explicações de uma origem e uma fixidez. Mas, não há como construir identidades que não sejam de antemão fraturadas, pois é da condição humana uma falta estruturante que a cultura e a sociedade tentam preencher. Narrativas de pertencimento, de origem, são uma maneira de permitir solidez para vidas que carregam os traços do efêmero. Cada cultura constrói seus subterfúgios para escapar da finitude e do descontínuo. Cada contexto social cria suas classificações entre os seres e as coisas. Na leitura de Durkheim (1990), os laços sociais demarcam os lugares que cada coisa ocupa e os que os integram. Sendo assim, os limites impostos pelas classificações nos mapeam, adornando-nos de identidades e/ou diferenças, dependendo de nossos lugares sociais. Presenças que se incluem, exclusões latentes do que não pode ser apreendido, classificado na moldura das representações.
Pensar identidades e diferenças é considerá-las como uma maneira de ler e de ver as relações sociais, sempre como relativas, brotando como respostas a contextos e situações específicos, florescendo sobre mitologias e místicas. Raça, gênero, diferenças religiosas, de posições sociais atuam como “metáforas da cultura”, ao que ela, pelas próprias mãos humanas, define como índice de lei. Essas, como cartografias da vida social, são construções. Porém, como tudo o que pertence à cultura, cristalizam-se em representações que as delineiam, muitas vezes, como naturais, divinas e inquestionáveis.
A cultura opera a partir da legitimação de crenças e na propagação de segmentações, na legitimação de valores e nas repetições ritualísticas do que lhe define sentido. Contudo, para pensá-la não temos como pertencer ao domínio de seu discurso, antes suspendê-lo, indagá-lo. Nossas indagações de alguma maneira precisam seguir os rastros do que nos instiga Michel Foucault: “A partir de qual a priori histórico foi possível definir o grande tabuleiro das identidades distintas que se estabelece sobre o fundo confuso, indefinido, sem fisionomia e como que indiferente, das diferenças?” (FOUCAULT, 2002, p. XXI).
Uma busca por unidade, coesão e continuidade, algo que a própria vida não tem, só pode aparecer como uma ficção humana para construir garantias e perenidades. A confiança naturalizada nas construções sociais, esse é um dos elementos que dá legitimidade à cultura, mas talvez estejamos vivendo num tempo em que as mudanças têm atingindo as formas e os lugares sociais. Desse modo, o pertencimento a quaisquer valores, estar atado a pretensos laços de segurança na vida social, já nada garantem, são apenas projeções humanas tão frágeis como sua própria existência.
Nas palavras de Edward Said, “ao longo história, cada sociedade teve o seu Outro: os bárbaros para os gregos, os persas para os árabes, os mulçumanos para os hindus, e assim por diante”. (SAID, 2003, p.199.) Simone de Beauvoir continua: “Para os habitantes de uma aldeia, todas as pessoas que não pertencem ao mesmo lugarejo são “os outros” e suspeitos; para os habitantes de um país, os habitantes de outro país são considerados “estrangeiros”. Os judeus são os “outros” para os anti-semitas, os negros para os racistas norte-americanos, os indígenas para os colonos, os proletários para as classes dos proprietários”. (BEAUVOIR, 1980, p. 11). Dessa forma, poderíamos pensar nas diversas estratificações sociais de classe, etnia, idade, gênero como relações de poder, móveis e desiguais na configuração desse outro.
A necessidade de um “outro” para garantir a construção de um “eu” individual ou coletivo, definido e coerente, demonstra-nos que precisamos estar atentos em como a identidades se configuram na marcação de diferenças, em “locais históricos e institucionais específicos, no interior de formações e práticas discursivas específicas, que por estratégias e iniciativas específicas”, por surgirem de maneiras múltiplas só podem ser entendidas no plural. Como observa ainda Stuart Hall, a face do termo identidade revela uma forma construída de fechamento. Sendo assim, “tem necessidade daquilo que lhe falta - mesmo que esse outro que lhe falta seja um outro silenciado e inarticulado”. (HALL, 2003, p. 109-110).
O problema para nós é saber como relacionar identidades e realidades de outras culturas, sociedades e histórias. Como lembra Said, para que nossas leituras não atribuam hierarquias, preferências pelo o que já é nosso, nem caiam nos discursos de uma igualdade e harmonia entre todos universalizantes, mas “fazer com que essas noções se relacionem com situações concretas, em que existe uma enorme distância entre o discurso de igualdade e justiça e a realidade bem menos edificante”. (SAID, 2005, p. 97). A realidade social para se tornar possível, constrói genealogias, inventa tradições e adestra corpos e mentes por seus elementos discursivos.
Diversos têm sido os termos para expressar as transformações dos laços sociais: modernidade, pós-modernidade, modernidade tardia, líquida, etc. expressões que visam compreender as mutações da vida social, tentativas para “mapear os territórios da existência”. (SAID, 2003, p.48). O fato é que uma realidade pautada no “indivíduo, identidade, organizações contratuais, atitude projetiva, dão lugar a uma outra realidade muito mais confusa, sensível, emocional, de contornos pouco definidos e de ambiente evanescente”. (MAFFESOLI, 1996, p. 348).
A idéia de identidade não deixa de ser uma ficção, sobretudo impregnada pela concepção de “identidade nacional” ou pela definição e sustentação da legitimidade da mesma. Assim, esta não deixa de ter surgido num contexto de “crise de pertencimento”, estando, sobretudo presente no nascimento do Estado Moderno, que define, classifica, segrega, seleciona tradições e modos de vida, coloniza imaginários, escreve a história, como forma do “Mesmo”, como esforço: “de transpor a brecha entre o ‘deve’ e o ‘é’ e erguer a realidade ao nível dos padrões estabelecidos pela idéia – recriar a realidade à semelhança da idéia”. (BAUMAN, 2005, p. 26). Uma idéia surgida para traçar uma história que se perpetue no imaginário, - numa época de intensos encontros de imaginários - contando, sobretudo com intelectuais para transmutar um ideário em fato, mitos em história.
O que temos diante das relações humanas são tentativas de criar mundos de similitudes para abrigar-lhes das incertezas e do desconhecido. Pensar diferenças é acompanhar rasuras de pretensos quadros fixos, é abrir-se para o caráter contingente e conflitual das formas culturais e sociais. Contestar enquadramentos e representações. Assim, pensar em identidade e diferença é antes de tudo pensar na maneira como se lida com o que é estranho e com o que é familiar, como os seres humanos criam identidades ou não e como se relacionam e dialogam (ou não) com a diferença.
Lidar com o estranho não é tentar fundi-lo, nem sintetizá-lo, mas tentar traduzi-lo ainda que seja com os limites das palavras que o lugar onde estamos nos dá. Reconhecer os limites do nosso olhar para tentar imaginar outros modos de vida, outros modos de se apropriar da linguagem para construir mundos, gramáticas da existência. O estranho não é algo tão separado do familiar e nem é o novo, mas talvez vestígios do que ficou recalcado, reprimido para dar consistência a uma ordem.
Entretanto, os elementos excluídos para a composição unilateral de uma identidade tende a se impor novamente, provocando o que Freud chamou de mal-estar da civilização ou retorno do recalcado. O que traria para o cenário da cultura e da sociedade tudo o que ficou de fora num projeto civilizatório, mas que nem foi totalmente esquecido e nem apagado do imaginário. Em suma: “A identidade não pode ser pensada nem trabalhada em si mesma; ela não pode se constituir nem sequer se imaginar sem aquela quebra ou falha original radical que não será reprimida” (SAID, 2004, p. 82).
Reconhecendo os limites asfixiantes da identidade, muitas vezes até consoladores pelas raízes que oferecem, só podemos lembrar do que Jacqueline Rose retoma ainda das palavras de Freud no trato com os seus pacientes, e que podem ser aplicados tanto ao nível individual quanto ao coletivo: “Aprendam a viver sem ficções consoladoras, pois é na morte destas fantasias anestesiantes e perigosas que se encontra sua única esperança”. (ROSE. In: SAID, 2004, p. 96).
Apropriando-nos disso, podemos pensar que a vida social seleciona valores, classifica e divide para que através de representações uma determinada realidade ganhe legitimidade, mas, para isso, algo fica de fora, esta mesma realidade precisa criar mecanismos para se proteger do que venha a contrariá-la ou negá-la. As representações não deixam de ser uma maneira de constituir garantias, ficcionalizar continuidades. As quimeras das similitudes não deixam de ser configurações para ocultar que “todo limite não é mais talvez que um corte arbitrário num conjunto indefinidamente móvel”. (FOUCAULT, 2002, p.68-69). Ou mesmo, maneiras pelas quais os seres humanos tentam compor seu universo, ainda que seja “carregando nas costas uma enorme Quimera”, como lembra o poeta Baudelaire (1996, p. 41).
A cena cultural contemporânea é a de um entrecruzamento de imagens, estilhaços de certezas e transfigurações de identidades. Reconfigurações de espaços, durabilidades questionadas, instantes vividos sem muitas ilusões consoladoras. Fios tênues da existência em novas formas da vida social, mais nômades do que sedentárias, uma busca pelo outro seja por identificação ou aversão.
Diferenças são efeitos da imbricação de várias categorias de identidade social como raça, classe, etnicidade, gênero, nação, lógicas de parentesco, entre outras e que não podem estar agrupadas sob a égide de um único domínio. Como a identidade jamais pode ser pensada a partir de um único ponto, nem como um lugar de garantias, mas como sugere Kofes: “considerada mais como um objeto do que como um conceito” (KOFES, 2004, p. 289), ou mesmo como algo que se revela sempre como invenção e não descoberta, como entende Zygmunt Bauman. Não defini-la a priori, mas antes ver se a encontramos.
Em vez de buscar identidade, procurar antes enunciações de diferença. Mas, não pensar isso como dado, antes como esforços imaginativos de compreensão de relações. Ambas ocupam posições múltiplas e variáveis na vida social, o que desestabiliza pensar essas noções como coerentes, unitárias e fixas, mas antes num jogo intricado onde há movimento e circularidade. Reconhecer “lacunas e assimetrias” , conhecer uns aos outros e viver com esse conhecimento é o que induz “imaginar a diferença (o que não significa, é claro, inventá-la, mas torná-la evidente)”. (GEERTZ, 1996, p. 82).
Identidades e diferenças são lógicas produzidas pela linguagem e encarnadas nos corpos na construção e desconstrução de representações sociais. Sendo assim são encarnadas de muitas maneiras e com diversos fins. Enfim, podemos seguir lendo a vida, tentando ver “a academia sempre como um lugar para viajar, sem dela nada possuir, mas sentindo-nos sempre em casa em qualquer lugar”. (SAID, 2003, p.207). Sondando classificações e mesmo apelos plurais em nome de identidade ou mesmo de diferença, poderemos talvez perceber que nem todo pluralismo quer dizer que falemos em pluralidade, ou seja, nem sempre estaremos dando conta de perspectivas relacionais, antes de enquadramentos e exclusões. Poderíamos pensar que nem sempre precisamos perguntar “quem precisa de identidade?”, (HALL, 2000), ou mesmo quando não se precisa dela? E também, quando se precisa da diferença?
O prisma da diferença pode ser utilizado como justificativa ideológica para práticas institucionais discriminatórias, como também para provar ou ratificar divisões entre sexos, entre posições sociais ou condições valorativas. Por exemplo, cotas para negros, índios, pobres, mulheres, até que ponto garantimos direitos ou nutrimos separações e legitimamos desigualdades? Em nome de inclusão de diferenças não estaríamos ignorando mestiçagens, divisões internas dentre essas próprias categorias? Said ainda esclarece que não há como pensar em homegeneidades, pois além desse Outro, existem também muitos outros internos na vida social, o que a tornam híbrida. “Nenhuma identidade é estanque: cada uma influencia as demais.” (SAID, 2003, p.201) e sejam quais forem as posições, considerando os conflitos que constituem a vida social, não há posições inocentes, nem lugar para subjugados e algozes, mas ações que se projetam, entre dominações e resistências, relações de poder e anomias.
Apropriando-nos da análise de Cláudia Costa sobre uma perspectiva relacional, talvez perceber essas questões sobre identidade e diferença em seus contextos de interação social, com suas marcas de escolhas individuais e mesmos em suas pressões situacionais, no intuito de perceber como se constroem e se constituem, para apreendê-las não como “sistemas monolíticos, mas como configurações complexas, múltiplas e heterogêneas”. (COSTA, 1994, p. 161).
A maneira como lemos pode levar-nos a perceber que o que escrevemos traduz menos significados precisos do que maneiras de “agrimensar, cartografar, mesmo que sejam regiões ainda por vir.” (DELEUZE; GUATARRI, 1995, p. 13). Um mapeamento de frases lidas, palavras escutadas, experiências apreendidas, que mesmo árduas, não deixam de ser uma felicidade clandestina.



por CRISTINA MARIA DA SILVA: Socióloga - UECE. Mestre em Ciências Sociais - UFRN. Doutoranda em Ciências Sociais - UNICAMP- CNPq. Área de concentração: Itinerários intelectuais e etnografia do conhecimento.

Revista Espaço Acadêmico/Nº 67 - Dezembro /2006 Mensal - Ano - VI

*CONTO DE FADAS PARA AS MULHERES DO SÉCULO XXI*

Era uma vez...
numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:

- Eu, hein?... nem morta!



Luís Fernando Veríssimo

Literatura faz bem para a saúde

Não é de admirar que a leitura tenha se tornado um recurso terapêutico ao longo dos tempos

Por Moacyr Scliar*

Revista Vida Simples - 02/2008



"É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra." O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?
Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C. o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.
A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia - ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903-1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: "Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades".
Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos num jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator ("O Iluminador", em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo "biblioterapia" passou a designar essas atividades. Logo surgiu a "poematerapia", desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.
Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo - A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.
Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

 
*Moacyr Scliar é médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

domingo, 11 de julho de 2010

GESTÃO DA INFORMAÇÃO: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA BIBLIOTECA ESCOLAR

Escrever sobre a gestão da informação e planejamento estratégico da biblioteca escolar no atual contexto social, político e econômico tornou-se redundante. O que se faz necessário no momento é discutir como sustentar e dinamizar estes Sistemas de Informação para que os mesmos sejam eficazes. A inserção do Planejamento Estratégico neste ambiente propicia ferramentas que aperfeiçoam a execução de tarefas, o desempenho dos autores sociais. Neste sentido, as Bibliotecas Escolares – como sendo parte de um efetivo Sistema de Informação – devem valer-se desse Planejamento Estratégico para desempenho de suas funções e assim, colaborar na ascensão e na satisfação de todos que façam parte do processo, ou seja, a comunidade escolar. O Planejamento Estratégico da organização escolar deve ser analisado com ressalvas quando adotados em bibliotecas escolares, visto que estas têm sua missão, objetivos e metas condizentes aos da instituição de ensino na qual esta inserida. A partir do pressuposto, se pretende caracterizar, algumas considerações sobre a adoção do Planejamento Estratégico em Sistemas de Informação, dentre eles a Biblioteca Escolar, apresentando os principais conceitos, métodos e dificuldades encontradas com educação e os avanços da informação, no sentido de formar indivíduos autônomos e críticos. E de acordo com Motta (1992), o planejamento estratégico é um processo contínuo e sistemático de antecipar mudanças futuras, tirando vantagem das oportunidades que surgem, examinando os pontos fortes e fracos da organização, estabelecendo e corrigindo cursos de ação em longo prazo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Futebol e a realidade da copa de 2014

Bom, segundo a Wikipédia o futebol é considerado como  um desporto de equipe jogado entre dois times de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas (do inglês association football ou simplesmente football).  O órgão regente do futebol é a Fédération Internationale de Football Association, mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é a Copa do Mundo FIFA, realizada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores do mundo, o dobro da audiência dos Jogos Olímpicos.
No entanto a copa do mundo de 2014 será um evento esportivo esperado por muitos e será realizada no Brasil ( e quem sabe desta vez chegamos ao hexa) já que a copa de 2010 não obtivemos nenhum título, agora resta à esperança da copa de 2014.
Para o Brasil, a Copa de 2014 é a oportunidade de dar um salto nos problemas sociais e apresentar não só sua capacidade de organização, como também sua força econômica. Pois com a realização da copa de 2014 a exigência de investimentos e mudanças nas infra-estruturas das cidades sedes será muita por parte dos governos, já que devem adequada-las para o recebimento dos turistas e até mesmo para a própria delegação dos responsáveis pelo evento.
O Brasil é um país de capacidade, só depende dos governos investirem em sua infra-estrutura, nas escolas, hospitais e educação. Já quer a copa exige aperfeiçoamento e criação de novos investimentos para ser considerado um importante ponto turístico.
Em uma entrevista em um canal esportivo, Felipão (Luiz Felipe Scolari) quando foi questionado por jornalistas sobre a infra-estrutura e a capacidade do Brasil para sediar a copa de 2014, foi bem sucinto em sua resposta em esclarecer que o Brasil vai fazer um Campeonato Mundial espetacular, e que todos podem ficar tranqüilos porque o Brasil tem potencial para organizar tudo àquilo que o caderno da FIFA exige.
É sabido que na copa de 2014 será injetando R$ 142,39 bilhões na economia durante os próximos quatro anos. A informação é resultante do estudo Brasil Sustentável – Impactos socioeconômicos da Copa do Mundo 2014, produzido pela Ernst & Young em parceria com a FGV - Fundação Getulio Vargas. O levantamento também estima a criação de 3,6 milhões de empregos.
Basicamente a economia do país passará por uma grande transformação, investimentos que outrora eram deixados somente em papéis, como os projetos e balacentes fixados como mera ilustração.
O exemplo desses mega eventos nas cidades sedes é realização de investimento e planos para serem beneficiada com grandes projetos de infra-estrutura, como a preparação dos estádios, recuperação dos já existentes, construção de novos prédios, além da reformulação do sistema de transporte público, o sistema de segurança será melhorado e até mesmo na movimentação da iniciativa privada na infra-estrutura de turismo com a construção de novos hotéis, restaurantes, o que inevitavelmente acarretará a geração de empregos em diversos setores da economia.
Mas, os argumentos sobre os gastos públicos com a Copa do Mundo no Brasil dizem que trará empregos, aumentará o fluxo turístico, promoverá a revitalização de áreas urbanas e garantirá investimentos de peso no país.
Porém, fica a dúvida, será que depois que todo este evento acabar ainda teremos investimentos nas estruturas do país? Ou se só há investimento quando há estes tipos de eventos? E geralmente a política faz parte do marketing, para gerar slogan de produção sem sair do papel?
Como fica a educação? A saúde? E as outras obras de maior necessidade da população será que terá vez?
“Segundo o suíço Joseph Blatter a Copa do Mundo transcende o aspecto meramente esportivo”, e será uma oportunidade magnífica para combater problemas sociais e promover os valores positivos associados ao futebol.
Por fim, a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil tem deixado a sociedade transtornada com grandes motivos para polêmica com o empreendimento e investimentos empregados na infra-estrutura e desenvolvimento das cidades sedes, pois a maioria desacredita que o projeto do governo venha trazer benefícios a toda à população, e sim gastos públicos.



Completo, ilha das flores - filme curta metragem




Ilha das flores? Será? Imagina-se uma linda ilha com belas plantações de flores, muitos pássaros e borboletas no vídeo de curta metragem de Furtado.
Porém no decorrer do vídeo notamos o contraste da imaginação com a realidade, pois o ser humano é considerado como um ser livre capaz de pensar e, encontra-se desta forma, sobrevivendo de maneira humilhante em um lugar chamado Ilha das flores. Grande ironia do autor em comparar e descrever o ser humano como um ser que  é  igual a todos, embora nem sempra seja assim, já que os habitantes da ilha  não vivem em palácios ou casas sofisticadas e sim sobrevivem em casebres e das  pequenas migalhas.
Sempre há uma indagação a respeito da desigualdade social, se a sociedade em geral tem conhecimento desses fatos ou se os governos tem alguma iniciativa.  Pergunta-se, cadê os investimentos, os impostos que são cobrado anualmente da população?
Não adianta a descrição do ser humano como um ser pensante capaz de sobressair sobre seus dilemas e, sim colocar em foco as suas  reais necessidades de carência. Já que não podemos solucionar ou sanar parcialmente seus problema.


terça-feira, 6 de julho de 2010

As palavras em conflito.

'– Menino, eu nada disto sei dizer. A outro eu não falava, mas a ti eu digo. Eu não sei que gosto tem esse bicho de mulher. Eu vi Aparício se pegando nas danças, andar por aí atrás das outras, contar histórias de namoro. E eu nada. Pensei que fosse doença, e quem sabe não é? Cantador assim como eu, Bentinho, é mesmo que novilho capado. Tenho desgosto. A voz de Domício era de quem falava para se confessar:

– Desgosto eu tenho, pra que negar?... '


(Pedra Bonita, de José Lins do Rego)
 
 
Nosso idioma às vezes é complicado, pois confundimos muito a língua falada com a escrita. Fazemos a troca da linguagem padrão, ou seja, a escrita. Matamos sempre a gramática com pequenos erros que deveriam ser evitados.
Todos aprendemos a falar e escrever a partir do momento que tivermos o contato com as primeiras palavras, muitas das vezes errada, mas tudo varia conforme a convivência pode ser através de um mimo ou mesmo na alfabetização.
Sabemos notar a diferença entre a linguagem escrita e falada, a culta e a informal, porém muitas das vezes as transcrevemos, mesmo sabendo que esta incorreta.
Mas, cabe salientar que o momento é que faz a escrita, não é querendo aprovar o erro gramatical de muitas palavras. E sim especificar que tudo tem uma exigência a ser seguida.
É claro que não iremos matar sempre a gramática, pois não podemos chegar e nem mandar a uma autoridade, ou seja, quem for (dependendo da ocasião) uma correspondência, falar , escrever como estamos acostumados no dia a dia.
Uma grande influência para tudo isso é o uso constante da internet, do bate papo e outros sites de relacionamento. Sempre procuramos uma maneira de encurtar as palavras. E isto tem ocasionado a convivência que gera a forma errada de escrever e se pronunciar com os demais.
Geralmente taxamos estas maneiras a pessoas que não tem um grau de instrução, porém vemos e observamos que não é assim. Depende muito do ambiente em que esta pessoa se encontra.
Sempre temos a dúvida como empregar uma palavra, de como nos expressar em certas situações. Não é que devemos deixar de lado a boa maneira das palavras corretas e sim procurar uma forma de adequá-la às normas gramaticais.
Pois sabemos que a linguagem não empregada corretamente gera conflitos e  deduções errôneas. Por isso a reflexão e a correção na hora de escrever.


sábado, 3 de julho de 2010

Plano Nacional do Livro e Leitura — PNLL

É um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas em desenvolvimento no país, empreendidos pelo Estado (em âmbito federal, estadual e municipal) e pela sociedade. A prioridade do PNLL é transformar a qualidade da capacidade leitora do Brasil e trazer a leitura para o dia-a-dia do brasileiro."

Portal de Serviços e Informações de Governo

Diversas informações úteis para o cidadão brasileiro. Oferece serviços on-line como tempo e clima, certidões de negativas, legislação, como obter documentos. Mantido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Internet Library for Librarians

Base de dados com inúmeros recursos, revisados, para bibliotecários e bibliotecas. Cada entrada na base de dados possui informação para contato. Em inglês.

Librarians' Internet Index: Biblioteconomia

Links classificados e comentados de sites sobre diversos assuntos das áreas de Biblioteconomia e Ciência da Informação. Elaborado pela organização LII, sob direção de Karen Schneider. Em Inglês.

A Informação

Blog de Biblioteconomia e Ciência da Informação. Traz notícias, textos e discussões sobre pesquisa, recuperação, armazenamento, gestão, acesso, divulgação e uso da informação. Mantido por Paulo Jorge de Souza, de Ponte de Lima, Portugal.

Bibliotecários Sem Fronteiras

Blog de Biblioteconomia. Canal de troca de informações e experiências entre profissionais e estudantes de Biblioteconomia, Ciência e Gestão da Informação. As mensagens ficam armazenadas para consulta e estão dividas em seções como conservação, cursos, direitos autorais, empregos, entrevistas, humor, perfil do profissional, etc. Mantido por Diego Abadan.

Diretório de Curiosidades

Contém curiosidades comentadas, divididas por assuntos, sobre a profissão e o profissional de Biblioteconomia, Documentação, Gestão e Ciência da Informação. Mantido por Tiago Murakami, estudante de Biblioteconomia e Documentação da ECA/USP.

Info Home - Oswaldo Francisco de Almeida Junior

Colunas, textos, crônicas, imagens, curiosidades, generalidades, frases, mercado de trabalho, notícias. Elaborado e mantido por Oswaldo Francisco De Almeida Jr, bibliotecário, Doutor e Mestre em Ciências da Comunicação, pela ECA/USP.

Biblioestud@ntes

Artigos relacionados à Biblioteconomia para download ou leitura on-line. Recursos comentados relacionados à Biblioteconomia: associações bibliotecárias, bibliotecas, empresas de consultoria, revistas e sites. Apresenta o currículo do autor. Desenvolvido e mantido por Sheila Braga de Oliveira, acadêmica de Biblioteconomia da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP).

Amigos do Livro

Contém dados e endereços de recursos relacionados ao livro no Brasil: sites literários, autores, livrarias e sebos, editoras, gráficas, distribuidoras, bibliotecas, profissionais do livro, academias e grupos literários, entidades e associações, órgãos governamentais, prêmios e concursos, eventos, feiras e bienais, jornais, revistas e boletins, cursos e escolas. Site patrocinado pelo Grupo Editorial Scortecci, sob responsabilidade de João Scortecci.



Bibliosite

Informações sobre o curso de Biblioteconomia, sobre a profissão e sobre o profissional bibliotecário. Código de Ética, relação comentada de periódicos on-line, links comentados para recursos em Biblioteconomia. Desenvolvido pela Bibliotecária Carolina, de Recife-PE.



Digital Librarian

Lista comentada de recursos para bibliotecários. Mantido pela bibliotecária Margaret Vail Anderson, de Cortland, Nova York. Em inglês.

LibraryHQ.com

Portal de biblioteconomia. Recursos para profissionais bibliotecários descritos e divididos em tópicos. Publicações, conferências, empregos, notícias, automação de bibliotecas. Elaborado por Katharine Garstka e catalogado por uma equipe de bibliotecários e profissionais de educação liderados por Jim Veatch. Em inglês.



Virtual Library - Cilea

Links classificados e comentados de sites sobre: arquivos e museus, autores e leitores, bibliotecários, bibliotecas, bibliotecas digitais e referência virtual, editores, livrarias, serviços comercias, publicações e redes. Elaborado e mantido pelo Serviço de Automação de Bibliotecas do Consorzio Interuniversitario Lombardo per l'Elaborazione Automatica - CILEA. Em Italiano e Inglês.

R020 Bibliotecología y Ciencias de la Información

Promove a investigação e difusão de conhecimento em Biblioteconomia e Ciências da Informação. Possui um diretório de recursos, um diretório de Bibliotecas Argentinas, um diretório de cursos de Biblioteconomia na Argentina, lista de softwares para o trabalho do bibliotecário e textos. Criado e mantido por especialistas argentinos. Em espanhol.

Prossiga

Programa de informação e comunicação para pesquisa, do CNPq. Promove a pesquisa integrada com ciência, tecnologia e informação. Abriga bibliotecas virtuais de pesquisadores e temáticas, além de outros portais que disponibilizam informações sobre as atividades de educação, ciência e tecnologia em todo o Brasil.

UNESCO International Library

Portal internacional de informações para bibliotecários e usuários de bibliotecas da UNESCO. Possui uma lista de recursos, revisados e divididos em categorias, sobre Bibliotecas, Bibliotecários e Biblioteconomia. Em inglês.



Infobiblio

Diretório de recursos comentados em Biblioteconomia e Documentação, e Ciência da Informação. O conteúdo está disponível em português, inglês, espanhol e francês. Para cada idioma os recursos estão divididos em categorias.

Arquivologia, Biblioteconomia e Ciência da Informação

Portal de referência elaborado pelo Núcleo de Documentação da UFF. Informações utilitárias e referenciais, dividido em categorias.



Libraries, Librarians, Librarianship

Lista revisada de recursos relacionados a bibliotecas, bibliotecários e biblioteconomia, mantido pela Biblioteca Pública do Condado de Los Angeles, Estados Unidos. Em inglês.

Library Spot

Portal que lista bibliotecas acadêmicas e públicas em todo mundo, informações referenciais: jornais, mapas, enciclopédias. Elaborado e mantido pela StartSpot Mediaworks, Inc. Em inglês.

Library World : Web tools for the Librarian

Diretório de ferramentas para bibliotecários, dividido em categorias, desenvolvido e mantido pelo site LibraryWorld em conjunto com a Blue Dolphin Design & Print. Em inglês.

INFOLEGIS

Dedica-se à pesquisa juridica. Auxilia o bibliotecário jurídico a localizar informação jurídica estrangeira. Contém links para manuais de pesquisa que explicam o sistema jurídico de vários países selecionados e fontes para a busca de textos de legislação estrangeira. Criado e mantido por Edilenice Passos, do Senado Federal.

Relação de links com conteúdo relevante para a biblioteconomia.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

ABSYSNET - Centro de servicios y recursos para bibliotecas y bibliotecarios.

Amigos do livro - Um endereço para estudo, pesquisa, divulgação e promoção do livro e do hábito da leitura.

ANCIB - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Ciência da Informação.

Argonautas - Biblioteca virtual desenvolvida por alunos e professores do curso de Biblioteconomia da UFPE.

BIBLIODATA - Rede de catalogação cooperativa que desenvolve produtos e serviços que explorem e maximizem a utilização dos recursos compartilhados, visando o aumento da produtividade, a melhoria na qualidade dos serviços e a diminuição dos custos .

Biblioteca Nacional Brasileira - Disponibiliza catálogos on-line, acervo digital, exposição virtual entre outras informações.

Biblioteca Nacional de Portugal - Disponibiliza biblioteca digital, livraria, histórico etc.

Biblioteca Virtual Gilberto Freyre - Disponibiliza textos, fotos, vídeos e várias informações sobre a obra de Freyre.

Bibliotecarias.com - Disponibiliza entrevistas com pessoas da área, divulga eventos, empregos em São Paulo, tabela salarial, endereços de conselhos e associações entre outras informações.

BibVirt - Biblioteca virtual do estudante de língua portuguesa- USP.

Boletim On Line da Rede Sirius de Bibliotecas da UERJ - Boletim mensal que divulga os principais acontecimentos no campo da Biblioteconomia, Museologia, Arquivologia e Ciência da Informação.

CAPES - Portal Brasileiro da Informação Científica - Portal que dá acesso à vários periódicos científicos brasileiros e internacionais.

CBL - Câmara Brasileira do Livro.

CPBA - Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos

CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas.

Educação Bibliotecária - Sala de leitura do Departamento de Ciência da Informação da UFSC, com informações diversas como textos, portais, noticiários etc.

FACEPE - Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco.

GBBU-PE - Grupo de Bibliotecários em Bibliotecas Universitárias de Pernambuco.

Grupo de Trabalhos sobre Bibliotecas Virtuais - Lista de discussão, sites de bibliotecas brasileiras na internet, textos sobre bibliotecas virtuais.

Grupo de Usuários do CDS/ISIS em Santa Catarina - Brasil - Informações sobre Microisis e seus aplicativos.

Guia de Biblioteconomia - SobreSites - Informações sobre automação, processo técnico, administração de bibliotecas etc.

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia.

Infobiblio - Catálogo virtual, classificado de páginas relacionadas a área de Biblioteconomia e Documentação, facilitando e agilizando a recuperação de informações.

Interciência Editora - Publica livros em várias áreas,incluindo a Biblioteconomia, realiza vendas on-line.

Livros.com.br - Livraria virtual contendo títulos relativos à biblioteconomia.

Portal de Referência em Arquivologia, Biblioteconomia e Ciência da Informação - Links de arquivos, associações,bases de dados bibliográficos, bibliotecas, dicionários, enciclopédias, tesauros, livrarias, museus, entre outros.

Projeto Gutenberg - Biblioteca digital que disponibiliza gratuitamente textos completos de obras em domínio público.

Prossiga - Sites de bibliotecas virtuais e informações relevantes para a área de ciência e tecnologia.

Recataloging librarians - Texto sobre o profissional bibliotecário, em inglês.

SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

SciELO - A Scientific Electronic Library Online -SciELO é uma biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos.

Thesaurus Editora - Editora em todas as áreas do conhecimento, incluindo a Biblioteconomia, realiza vendas on-line.

Virtus- Laboratório de hipermídia - Comunidades virtuais de estudo - UFPE.



Código de Ética do Profissional Bibliotecário

Resolução CFB nº 3Z7/86 - D.O.U (04-11-1986)

Ementa; Aprova o Código de Ética Profissional do Bibliotecário



SEÇÃO I DOS OBJETIVOS



Art.1 - O Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar normas de conduta para os profissionais em Biblioteconomia, quando no desempenho da profissão.



SEÇÃO II - DOS DEVERES E OBRIGAÇÕES



Art.2 - Os deveres do profissional de Biblioteconomia compreendem além do exercício de suas atividades:

a. dignificar através de seus atos a profissão tendo em vista a elevação moral, ética e profissional da classe;

b. observar os ditames da ciência e da técnica, servindo ao Poder Público, à iniciativa privada e à sociedade em geral;

c. respeitar leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão;

d. respeitar as atividades de seus colegas e de outros profissionais;

e. colaborar eficientemente com a Pátria, o Poder Público e a Cultura.

Art.3 - Cumpre ao profissional de Biblioteconomia:

a. preservar o cunho liberal e humanista de sua profissão, fundamentado na liberdade da investigação científica e na dignidade da pessoa humana;

b. exercer a profissão, aplicando todo zelo, capacidade e honestidade no seu exercício;

c. cooperar intelectual e materialmente para o progresso da profissão, mediante o intercâmbio de informações com associações de classe, escolas e órgãos de divulgação técnica e científica;

d. guardar sigilo no desempenho de suas atividades, quando 0 assunto assim exigir;

e. realizar, de maneira digna, a publicidade de sua instituição ou atividade profissional, evitando toda e qualquer manifestação que possa comprometer o conceito de sua profissão ou de colega;

f. considerar que o comportamento profissional irá repercutir nos juízos que se fizerem sobre a classe;

g. manter-se atualizado sobre a legislação que rege o exercício profissional da biblioteconomia, cumprindo-a corretamente e colaborando para seu aperfeiçoamento;

h. combater o exercício ilegal da profissão.

Art.4 - A conduta do bibliotecário em relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados da classe.

Art.5 - O bibliotecário deve, em relação aos colegas, observar as seguintes normas de conduta:

a. ser leal e solidário, sem conivência com erros que venham a infringir a ética e as disposições legais que regem o exercício da profissão;

b. evitar críticas e/ou denúncias contra outro profissional, sem dispor de elementos comprobatórios;

c. respeitar as idéias de seus colegas, os trabalhos e as soluções, jamais usando-os como de sua própria autoria;

d. evitar comentários desabonadores sobre a administração de colegas que vier a substituir;

e. abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas condições que ditaram o referido procedimento.

Art.6 - O bibliotecário deve, com relação à classe, observar as seguintes normas:

a. prestigiar as entidades de classe, contribuindo, sempre que solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da coletividade;

b. zelar pelo prestígio da Classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições;

c. facilitar o desempenho dos representantes do órgão fiscalizador, quando no exercício de suas respectivas funções.

Art.7 - O bibliotecário deve, em relação aos usuários, observar a seguinte conduta:

a. aplicar todo zelo e recursos ao seu alcance no atendimento ao publico, não se recusando a prestar assistência profissional, salvo por relevante motivo;

b. tratar os usuários com respeito e urbanidade, não prescindindo de igual tratamento por parte deles;

c. ater-se ao que Ihe compete na orientação técnica da pesquisa e na normalização do trabalho intelectual.

Art.8 - O bibliotecário deve interessar-se pelo bem público e, com tal finalidade, contribuir com seus conhecimentos. capacidade e experiência para melhor servir à coletividade.

Art.9 - No desempenho do cargo, função ou emprego, cumpre ao bibliotecário dignificá-lo moral e profissionalmente.

Art.10 - Quando consultor, o bibliotecário deve limitar seus pareceres as matérias específicas que tenham sido objeto da consulta.





SEÇÃO III - DAS PROIBIÇÕES



Art.11 - Não se permite ao profissional de Biblioteconomia, no desempenho de suas funções:

a. praticar, direta ou indiretamente, atos que comprometam a dignidade e o renome da profissão;

b. nomear ou contribuir para que se nomeiem pessoas sem habilitação profissional para cargos privativos de bibliotecário ou indicar nomes de pessoas sem registro nos CRBs;

c. expedir, subscrever ou conceder certificados, diplomas ou atestados de capacitação profissional a pessoas que não preenchem os requisitos indispensáveis para exercer a profissão;

d. assinar documentos que comprometam a dignidade da classe;

e. violar o sigilo profissional;

f. valer-se de influência política em benefício próprio, quando comprometer o direito de colega ou da classe em geral;

g. deixar de comunicar aos órgãos competentes as infrações legais e éticas que forem de seu conhecimento;

h. deturpar, intencionalmente, a interpretação do conteúdo explícito ou implícito em documentos, obras doutrinárias, leis, acordos e outros instrumentos de apoio técnico do exercício da profissão, com intuito de iludir a boa fé de outrem;

i. fazer comentários difamatórios sobre a profissão e suas entidades.





SEÇÃO IV - DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES E PENALIDADES



Art.12 - A transgressão de preceito deste Código constitui infração disciplinar, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação das seguintes penalidades:

a. advertência confidencial, em aviso reservado;

b. censura confidencial, em aviso reservado;

c. suspensão de registro profissional por prazo de até 1 (um) ano;

d. cassação do registro profissional "ad referendum" do Conselho Federal.

§ 1º - Cassado o registro profissional, caberá ao CRB recolher a Carteira de Identidade Profissional do infrator.

§ 2º - As penalidades serão anotadas na Carteira de Identidade Profissional e no cadastro do Conselho Regional, sendo comunicadas ao Conselho Federal, demais Conselhos Regionais e ao empregador.

Art.13 - Compete originalmente aos CRBs o julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceito do Código de Ética, facultado recurso de efeito suspensivo. interposto ao CFB.

Parágrafo Único - O recurso deverá ser interposto dentro do prazo de 30 (trinta) dias a contar da data do recebimento da comunicação.



SEÇÃO V - DA APLICAÇÃO DE SANÇÕES



Art.14 - O Conselho Federal de Biblioteconomia deve baixar resolução estabelecendo normas para apuração das faltas e aplicação das sanções previstas neste Código.



SEÇÃO VI - DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS



Art.15 - O bibliotecário deve exigir, por seu trabalho, remuneração justa e proporcional às atividades exercidas.

Art.16 - O bibliotecário não deve oferecer ou disputar serviços profissionais, mediante aviltamento de honorários ou em concorrência desleal.



SEÇÃO VII - ABRANGÊNCIA DO CÓDIGO



Art.17 - As normas deste Código aplicam-se às pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades profissionais de Biblioteconomia.



SEÇÃO VIII - MODIFICAÇÃO DO CÓDIGO



Art.18 - Qualquer modificação deste Código somente pode ser feita pelo Conselho Federal de Biblioteconomia, mediante proposta de Conselho Regional ou de Conselheiro Federal.



SEÇÃO IX - VIGÊNCIA DO CÓDIGO



Art.19 - 0 presente Código entra em vigor em todo o território nacional, a partir de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. (Of. 462/86).



Profissão do Bibliotecário

Informações sobre a Biblioteconomia, conceito, curso, o profissional Bibliotecário, suas funções e campo de trabalho.



Conceito:

A biblioteconomia é a atividade profissional que compreende o conjunto de organismos, operações técnicas e princípios que dão aos documentos gráficos e não-gráficos o máximo de utilidade possível, ou ainda, a ciência que se ocupa do conjunto de conhecimentos teóricos e técnicos indispensáveis para armazenar, recuperar e disseminar informações em qualquer tipo de veículo ou formato, de maneira ágil, eficaz e dinâmica.


Curso:

O curso de Biblioteconomia tem como objetivos:

Formar profissionais capazes de acompanhar as transformações da sociedade, compreendendo o papel da biblioteca neste processo, capazes de identificar demandas de informação e propor soluções inovadoras;



Preparar profissionais para atuarem como especialistas no tratamento e difusão de informações, apoiados nas tecnologias da informação;



Capacitar profissionais para atuarem a nível de planejamento, administração, assessoria e prestação de serviços em redes e sistemas, bibliotecas, centros de documentação, serviços de informação;



Habilitar profissionais para a realização de pesquisas relativas à utilização da informação;



Preparar profissionais para o planejamento, implantação e desenvolvimento de atividades de ação cultural.



Bibliotecário:

A profissão de Bibliotecário está enquadrada como profissão liberal pelos termos da Portaria nº 162, de 07/10/1958, do Ministério do Trabalho e, tendo como base o disposto no Art. 577 da Consolidação das Leis do Trabalho, está compreendida no grupo 19 do plano da Confederação Nacional das Profissões Liberais. A designação profissional de Bibliotecário é privativa dos Bacharéis em Biblioteconomia, a partir da promulgação da Lei nº 4084, de 30/06/1962, que dispõe sobre a profissão de Bibliotecário e regula seu exercício.

O Bibliotecário tem um papel cada vez mais importante como mediador entre o homem e o conhecimento registrado, pois atua nas mais diversas áreas das ciências, da pesquisa científica à extensão cultural, no apoio ao ensino e aprendizagem, da pré-escola à pós-graduação.

É um disseminador de informação registrada que atua no mercado de trabalho difundindo o hábito da leitura e incentivando o uso da informação em seus múltiplos suportes.

Além de especialista no tratamento da informação, é responsável pela democratização do acesso à mesma, contribuindo para o desenvolvimento social e os avanços científicos e tecnológicos.



Campo de Trabalho:

A característica multidisciplinar da profissão garante ao Bibliotecário um amplo campo de trabalho, não só em relação às áreas do conhecimento, seja no âmbito dos órgãos públicos, nas empresas privadas ou na indústria em geral.

O campo de trabalho do Bibliotecário, tradicionalmente constituído por bibliotecas (públicas, escolares, infantis, especializadas e universitárias), expandiu-se para atender à explosão editorial e à conseqüente diversificação de informações essenciais para empresas, instituições de pesquisa, comércio e indústria.

O Bibliotecário pode desempenhar suas funções em Bibliotecas, Centros e Serviços de Documentação e Informação, Arquivos, Museus, Editoras, Cinematecas, Vídeo-Clubes, Emissoras de Rádio e Televisão, Jornais, Assessorias (parlamentares, empresariais, jurídicas, educacionais), desenvolver e administrar Bancos de Dados e Bases de Dados, integrar equipes de manutenção de Web Sites na Internet ou ainda exercer a profissão como autônomo.